China “a posteriori” II

© Luís Filipe Catarino – Tongli, China – 16/8/2010

Depois de Shanghai, a rota da lua-de-mel seguiu para Tongli, uma vila banhada por canais que servem de chamariz ao turismo. Os visitantes mais preguiçosos deixam-se embalar rapidamente pelo baloiçar das “gondôlas” que circulam repetitivamente pelo centro histórico da povoação, mas nós preferimos conhecer a vila sem “pôr o pé” na água.

Tongli fica a cerca de duas horas e meia de Shanghai, 20 minutos dos quais são feitos num comboio ultra rápido, que chega a atingir 330 Km/hora. À entrada da vila estão os habituais comerciantes que se multiplicaram com a presença constante de estrangeiros na região, mas que rapidamente são esquecidos quando nos embrenhamos nas ruas estreitas, preenchidas com canais, e que nos conduzem até casas ancestrais e jardins encantados.

A família Chen (não conseguimos apurar se é a do circo) foi uma das mais conceituadas da região e a casa do clã é um tesouro muito bem conservado. Os jardins misturam-se com as várias divisões da casa, numa harmonia ideal para passeios mais demorados. O antigo patriarca desta casa prometeu ainda construir um pagode de pérolas se a sua amada casasse com ele. A peça é uma das relíquias da casa, hoje aberta ao público e que no Dia dos Namorados chinês fez-se de casais apaixonados como nós.

© Alexandra Ho